Análise de risco: 4 ferramentas e técnicas fundamentais
A dificuldade de ter a visão de todo, em curto, médio e longo prazo é um dos fatores mais agravantes para as finanças de uma empresa. Sem isso, não se pode detectar e analisar riscos. O que dificulta não apenas os resultados, mas a antecipação aos problemas. O papel da análise de risco aqui é elementar.
Mesmo que risco possa ser difícil de identificar e de se preparar para gerenciar suas consequências, sem a análise a tomada de decisão será sempre feita “no escuro”.
Você deve saber que se for atingido por uma consequência não planejada de risco, todos os recursos investidos irão por água abaixo rapidamente.
Diante da importância da análise de risco para garantir direcionamento na tomada de decisões e prevenção aos riscos, apresentamos abaixo 5 técnicas e informações essenciais para qualificar a gestão de risco:
O que é, por que fazer e quando usar a análise de risco?
Em primeiro lugar, é válido fazer um resumo do conceito de análise de risco antes de enriquecer os informações.
A análise de risco consiste em um processo de identificação e gerenciamento da possibilidade de uma operação “dar errado” e quais as consequências caso isso ocorra.
Para isso, é preciso entender o que caracteriza o risco, quais são mitigadores, identificar tipos de ameaças e calcular o risco estimado. Para que, em seguida, se possa fazer um relatório detalhando a análise.
As situações em que é recomendável executar essa ação:
- Ao realizar planejamentos para iniciar projetos
- Ao decidir as próximas ações em um projeto
- Para melhorar a segurança e gestão de riscos
- Ao se preparar para eventos que não se pode evitar (falha de equipamento, problemas de saúde de colaboradores, etc.)
- Ao decidir realizar grandes mudanças na organização
Técnicas, ferramentas e métodos para fazer análise de risco
Agora, vamos falar sobre a execução propriamente dita. Existem diversas formas de fazer a análise. Assim como existem diversas ferramentas, técnicas e métodos diferentes. O ideal é que a empresa utilize as que são mais coerentes para cada situação.
Confira abaixo algumas delas:
#1 Análise Preliminar de Risco (APR)
A APR é adequada para uma abordagem inicial. Ou seja, para identificar riscos antes de ter iniciado uma ação/projeto. Durante o planejamento, o APR pode ser a ferramenta chave para você.
Nessa metodologia, a primeira medida consiste em identificar todas as operações que integram o processo a se analisar. Com isso, o objetivo é prever quaisquer eventuais problemas.
Para registrar a APR, deve-se fazer uma planilha ou tabela com 4 colunas:
- Frequência: indicando a probabilidade de um evento acontecer.
- Severidade: indicando qual o grau de severidade desse evento, se ocorrer.
- Matriz de risco: combinando a frequência e a severidade a fim de determinar os riscos de maior e menor probabilidade de ocorrer, como em um ranking.
- Ações: indicando quais ações são necessárias para a prevenção do problema.
Note que, aqui, não se fala em ações a se tomar caso o evento realmente ocorra. Por isso essa é uma ferramenta de análise preventiva ou preliminar.
#2 Análise SWOT
Você já deve ter ouvido falar na Matriz SWOT… Essa é uma ferramenta amplamente utilizada na gestão empresarial. E funciona muito bem para a análise de risco também.
A SWOT garante, de maneira geral, que o desenvolvimento dos seus projetos seja recorrente e feito com foco em melhoria contínua. Por proporcionar também a visão de todo, auxilia os gestores a enxergar pontos fortes e fracos.
O nome escolhido se refere aos 4 fatores considerados por essa análise:
- Strenghts (pontos fortes);
- Weaknesses (pontos fracos);
- Opportunities (oportunidades);
- Threats (ameaças).
Ao listar esses fatores e confrontá-los em uma tabela, o método é utilizado para estudo dos ambientes internos e externos de influência nas operações. Como na imagem abaixo:
→ Indicadores de inadimplência: otimize a gestão de crédito com essas medidas
#3 FMEA (Failure Mode and Effective Analysis)
A FMEA pode ser traduzida como “Análise de modo e efeito de falha”. Consiste em um método cujo objetivo é identificar as causas de falha de um projeto/ação. Diferente da primeira ferramenta, por exemplo, aqui a ideia é otimizar o projeto resolvendo pontos fracos identificados.
A FMEA se propõe a analisar o fluxo de cada etapa do processo, classificando as potenciais falhas em cada caso e gerando um plano de ação para soluções preventivas. Além de um novo sistema de indicadores de desempenho com base nas modificações.
Dessa forma, o FMEA pode ser uma ferramenta mais trabalhosa para análise de risco, porque requer informações de diversas partes da empresa, em detalhes.
No entanto, essa metodologia garante resultados muito assertivos.
#4 Mapeamento de processos
Fluxogramas, diagramas e demais representações visuais que indiquem como ocorrem as operações em uma empresa: o mapeamento de processos dá um reflexo de como a empresa funciona.
E nada melhor do que isso para garantir a assertividade da análise de risco. Com um simples mapeamento é possível ter a visão de todo da empresa, o que permite a identificação de pontos fracos, gargalos, falhas etc.
Essas ferramentas e técnicas para análise de risco são completamente aplicáveis em diversos tipos de empresa. Além de ser uma medida de baixíssimo custo, sua implementação garante a redução de custos futuros com eventuais problemas.
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