Boletim Regional do BC mostra recuperação da economia com variações em diferentes regiões

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Recuperação da economia

Boletim Regional do BC mostra recuperação da economia com variações em diferentes regiões

O Boletim Regional (BR) é uma publicação trimestral do Banco Central do Brasil (BCB) que apresenta as condições da economia por regiões e por alguns estados do país, enfatizando a evolução de indicadores que repercutem as decisões de política monetária – produção, vendas, emprego, preços, comércio exterior, entre outros. Nesse contexto, a publicação contribui para a avaliação do impacto das políticas da Autoridade Monetária sobre os diferentes entes da Federação, à luz das características econômicas locais e das gestões políticas regionais.

 

De acordo com o documento, alguns elementos explicam esse protagonismo atual do Norte do país, tais como: estrutura industrial voltada para bens duráveis destinados ao mercado doméstico e à exportação de commodities e uma maior importância relativa do programa de auxílio emergencial do Governo Federal. Nesse cenário, o crescimento dos principais indicadores relativos ao comércio, à prestação de serviços e à produção industrial foi superior às demais regiões do país.

 

Depois do Norte, o melhor desempenho no período analisado foi o da região Sul, onde os principais indicadores do Boletim corroboram uma recuperação gradual da economia em linha com a evolução relativamente mais positiva da crise sanitária. O avanço do nível de atividade no Sul, de 5,1%, contrasta com a queda de 7,1% observada no trimestre encerrado em maio, quando a economia da região foi uma das que mais sofreu por conta dos efeitos severos da pandemia.

 

 

Recuperação da economia

Boletim Regional Outubro 2020

 

Em seguida, os dados apontam para o Sudeste. “O aumento gradual da mobilidade social permitiu a retomada da indústria e do comércio e, em menor medida, do setor de serviços, com reflexos positivos sobre o mercado de trabalho da região”, afirmou o chefe-adjunto no Departamento Econômico do BC (Depec), José Henrique Carvalho.

 

Sobre o Nordeste, Carvalho explicou que a atividade econômica, no trimestre encerrado em agosto, recuperou parcialmente a retração ocorrida nos três meses anteriores, favorecida pelo aumento de mobilidade, pela reabertura de atividades econômicas, pela expansão do crédito e, assim como no Norte, pela recomposição da renda decorrente do auxílio emergencial.

 

Já o indicador do Centro-Oeste reflete o bom resultado alcançado na edição passada. “No trimestre anterior, a retração local não tinha sido tão severa quanto no restante do país. Além disso, o setor industrial da região é o único a recuperar o nível do primeiro bimestre do ano e a vocação agrícola e a produção recorde de grãos impulsionaram as indústrias de processamento de alimentos e os serviços de logística locais”, explicou Carvalho.

 

BOXES

 

O Boletim possui três boxes – onde temas são analisados mais a fundo pelos especialistas do BC. O “Heterogeneidade da recuperação dos serviços” observa o estágio atual do setor de serviços, com ênfase nos prestados às famílias. Ele revela, com base em dados da Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP), que as vendas com cartão de débito registraram recuperação em todos os meses após o patamar mínimo verificado em abril. Já a receita de serviços às famílias, por outro lado, encontrou-se, em outubro, 7,6% abaixo do período pré-pandemia.

 

O box “Estimativa mensal do total de horas trabalhadas por região” analisa os desdobramentos da crise sanitária e o atual ritmo de recuperação do mercado de trabalho. Ele observou, por exemplo, retração até abril mais intensa no Nordeste e no Sudeste e uma tendência geral de recuperação entre maio e junho. A partir daí, os dados mostram que a região Norte estaria em um estágio mais avançado de retorno ao nível pré-crise.

 

O box “Inflação por faixa de renda familiar em 2020” calcula a inflação de 2020 e seus segmentos para famílias com diferentes níveis de renda em cada região do país. Ele mostra que a inflação acumulada no ano foi maior para as famílias com renda entre um e três salários mínimos em função, principalmente, dos gastos com alimentação no domicílio, e que ela foi mais sentida no Norte e no Nordeste.

 

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Fonte: Banco Central

 

 

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